Gestores querem melhorar desempenho e produtividade – desde que, para isso, não tenham que passar por avaliação de consultores. Foi o que constatou André Miotto, sócio-diretor da AMX Soluções em Gestão Integrada em mais de 15 anos de experiência.

O especialista em consultoria de gestão da produtividade diz que em um primeiro momento há uma resistência em se permitir ser avaliado, reflexo de uma reação natural de todos os profissionais quando querem se defender dos problemas e essa rejeição inicial reflete o medo de sair da zona de conforto e mudar.

Apesar das resistências, capacitar gestores por meio do processo de assimilação metodológica e cultural em curto e médio prazo equilibra a organização de forma eficaz.

“A capacitação estimula os líderes a compartilhar conhecimentos e experiências, de modo que toda a equipe adote processos adequados, habilidades, atitudes, tudo isso visando sempre o resultado em um todo, aumentando a receita da organização”, explica Miotto.

Assumir os pontos fracos, segundo o sócio-diretor, é uma tarefa que exige maturidade, segurança e profissionalismo, já que os executivos têm medo de serem apontados como incompetentes e de perderem suas atuais posições.

“A objeção maior fica por conta dos empresários de companhias familiares. Eles têm receio de expor dados que consideram confidenciais. Em compensação, nas empresas de capital aberto, a avaliação de produtividade é vista com melhores olhos, pois já estão acostumados a questionamentos”, compara.

Em geral, os executivos avaliados pela AMX – que tem no seu portfólio empresas como Fiat, Vale do Rio Doce, Banco Itaú, NET e Votorantim – apresentam dois problemas em comum. O primeiro é o fato de que as corporações subutilizam seus sistemas.

“As empresas possuem ferramentas e softwares de gestão poderosos, mas não utilizam efetivamente todo seu potencial”.

Outra barreira é a falta de atuação dos executivos em todos os níveis de produção e da área comercial da corporação. “É no chão de fábrica, na base da empresa, que estão muitas oportunidades de otimização. Nem sempre a alta cúpula tem noção de como eles trabalham”, revela o Miotto, que também é master coach.

 

Fonte: canalexecutivo.uol